Não param de sair matérias e entrevistas com o McFLY para falar sobre o processo de gravação do novo álbum e como foram os anos que eles ficaram “separados”.
Confira toda a entrevista traduzida abaixo e descubra o nome de algumas músicas do álbum e até uma participação especial!
De volta para o futuro
No auge dos dias de turnês internacionais, McFly criou algo como um ritual antes deles subirem ao palc.
Como um sinal para a equipe técnica de que essa seria a última música antes que as luzes da casa pudessem ser apagadas e a banda pudesse fazer a sua entrada, os acordes pulsantes de “YMCA” do Village People tocariam pelos alto falantes do estádio. Os fãs rapidamente entenderam que sempre que eles colocassem essas músicas de discotecas, o McFLY com certeza apareceria em seguida.
Em novembro, sete anos depois do último single do grupo, McFLY se viu no centro do O2; o show de data única esgotou em um recorde de quatro minutos. O catalisador para o retorno? O empresário dos últimos 18 anos, Matt Fletcher reservou a casa de show para atrair a banda e reuni-los, o que, como o guitarrista e vocalista Tom Fletcher pontua com um sorriso irônico, foi, “um pouco mais do que só uma ajuda. Reservar o 02 é bem o extremo”.
Dentro do mundo da imprensa novamente e junto ao colega de palco Danny Jones e o baixista Dougie Poynter em nossa sala virtual no Zoom, ele continua: “Então, estávamos todos embaixo do palco e eles estavam prestes a pedir para apagarem as luzes da casa e nós não tínhamos tocado ‘YMCA’. Ninguém tinha a música em seu iPhone. De repente todos nós nos tornamos muito supersticiosos. Tipo, o que isso significa?”
“Isso foi a gente 10 minutos antes…” Jones interjeita. Ele mostra o celular dele para a câmera mostrando uma foto preta e branca da banda amontoada no Instagram deles. “De repente, nós estamos embaixo do palco falando ‘Po*, YMCA, YMCA”. Poynter diz: “Nós estávamos a 15 segundos de sair de um elevador com toda aquela fumaça. Nós só pensamos, ‘Bem, se esquecemos disso, o que mais nós esquecemos?’”. Deixando os rituais pré shows de lado, o momento que consolida o fato de que o McFLY – assim como o homônimo Marty – está a caminho do futuro.
Quaisquer preconceitos que você tenha de uma banda como McFly, os elogios musicais são incontestáveis, colocando 7 singles em 1º lugar, cinco álbuns no top 10, seis turnês esgotadas, e 10 milhões de cópias vendidas no mundo. Mas, como diz o ditado, quanto mais alto se voa, maior é o tombo. O baterista Harry Judd, que agora entra na chamada remotamente enquanto vai para casa, certamente sentiu as rachaduras começando a abrir depois do último lançamento. “Parecia que eu estava fazendo o meu melhor para lidar com a situação de chegar em um ponto em que estávamos acontecendo, mas não estava funcionando. Então eu tive que ser mais filosófico sobre isso e partir para a vibe ‘irá acontecer quando tiver que acontecer’”.
Isso aconteceu pela primeira vez com o McFly na estreia deles, tempos atrás, quando eles foram rapidamente absorvidos no frenesi das fangirls dos colegas do Busted. Não deve ser uma surpresa quando você considera que eles compartilharam o mesmo empresário da banda, gravadora, e, inevitavelmente, a mesma base de fãs. Mas onde o Busted colocou a sensibilidade do pop punk na nossa época angustiante de adolescentes, o McFLY ocupou uma posição mais única. Ao invés de músicas de escola e uma paixão questionável pela Miss Mackenzie, a força dos compositores da banda, Fletcher e Jones levaram os mais velhos a um som nostálgico. Room on The Third Floor abriu as portas para um pop magistral ao longo dos anos. O hino praieiro “Surfer Babe” trouxe seu toque de folk e jazz direto dos anos 50, enquanto as harmonias em “That Girl” foram preparadas no mesmo mix de pot-pourri do importante grupo pop da América, The Beach Boys.

Enquanto a popularidade de boybands não mudou muito desde os tempos de Brian Wilson e The Beatles, a percepção sobre artistas como eles com certeza sim. Ambas as bandas acumularam muitos ouvintes e críticas aclamadas nos anos 70. Isso era ‘música popular’, no fim das contas. Porém nos anos noventa, o pop começou a ter um tom mais meloso – grupos vocais artificiais que usam calças baixas subindo nas paradas – e muitos questionariam a longevidade do McFly. Eles não precisariam se preocupar; no coração de uma banda como McFly tem um conto de uma amizade de uma década ao invés de mudanças nos integrantes como Sugababes precisou enfrentar.
Fletcher e Jones notoriamente escreveram Room On The Third Floor no Hotel Intercontinental em Londres, com Jones recém mudado de sua cidade natal Bolton (o seu forte sotaque do Norte deixa isso bem óbvio). Apesar disso soar quase como um ambiente romântico para as composições das músicas, o par se viu refletindo sobre humildade e sobre não perder o controle diante das luzes brilhantes da cidade grande. Como quando Danny canta na mítica faixa, “My eyes are hurting / From the cheap nylon curtains / That let the sunlight creep in through from the crowds / Guess it’s times like these that remind me / That I’ve got to keep my feet on the ground.”
Porém essa ideia não foi fácil de seguir já que a banda rapidamente se sustentou no Top 20. Em 2005, Busted se dissolveu depois que o vocalista Charlie Simpson radicalmente partiu para montar “uma banda de rock de verdade”, Fightstar. Isso foi uma oportunidade interessante no mercado para uma banda como McFly. Mas, com o grande Green Day dos Estados Unidos reivindicando o manto do pop punk com a politicamente carregada American Idiot, a banda sabiamente suavizou o estilo no segundo lançamento, Wonderland. Ao invés disso, encontramos a essência do pop britânico nos acordes de “Ultraviolet” e nos despedimos com “Memory Lane” e seu refrão de meio tempo que cantamos juntos, cheio de reflexões profundas.
Motion In The Ocean sucedeu Wonderland 12 meses depois, no mesmo ano que a banda fez uma aparição na comédia romântica subestimada da Lindsay Lohan, ‘Sorte no Amor’. Depois veio o mais sombrio, Radio:active, que habilmente levou a banda para a transição de contrato com a Island Records, lançando uma versão resumida e gratuita junto a um jornal, antes de lançar o álbum completo algumas semanas depois. Mas no final de uma década produtiva marcada pelo Above The Noise em 2010 e quatro shows esgotados para turnê de aniversário de 10 anos da banda no Royal Albert Hall, McFly entrou em uma inconsciente separação. “Não foi como se tivesse algum de nós que não queria que a banda continuasse e também não tivemos uma briga,” explica Fletcher do estúdio de casa, com múltiplas guitarras penduradas na parede. “Isso foi praticamente o que tornou tudo mais difícil. Nós ainda éramos melhores amigos. Nós só não estávamos nos falando direito, e literalmente caímos nesse hiato”.
Durante os anos que se seguiram, os quatro amigos começaram a explorar outras iniciativas criativas. Não necessariamente os caminhos que nós esperamos de uma boy band tradicional. Diversos integrantes de grupos ressurgiram das cinzas para seguir com brilhantes carreiras solo (olá, JT e Harry Styles), mas Judd rapidamente me garante que essa não é a dinâmica deste grupo. “A coisa com o N*Sync, ok. [Justin Timberlake] é de longe o melhor naquela banda, não é? A razão pela qual o McFly funciona é por conta de nós quatro juntos. Para qualquer um de nós ter um…” ele hesita um pouco, sorrindo. “Bem, vamos ser honestos, Danny… para ter uma chance nessa coisa toda de deslanchar com a carreira solo, ele teria que ter feito isso na época do Wonderland. O que nós amamos sobre estar em uma banda é que você compartilha a responsabilidade. Você compartilha a fama, você compartilha o sucesso e você compartilha o fracasso”.
Porém o tempo dos integrantes fora da banda está longe de não ter sido um sucesso. Fletcher e Poynter ambos entraram no mundo da publicação, lançando uma série de livros infantis sobre defecar dinossauros. Enquanto isso, as mães ao redor do Reino Unido desmaiavam quando o Strictly Come Dancing da BBC coroou Judd como o vencedor da nona temporada. Jones foi mais para o lado da produção musical trabalhando em algumas remixagens para a Rihanna e One Direction, e Poynter também se juntou para uma turnê com os favoritos da revista Kerrang dos anos 2000, A (o vocalista Jason Perry produziu algumas coisas do McFly no passado). Não foi necessariamente o fato de fazer música ou que o McFly tenha deixado de ser a vida dos integrantes da banda, mas a vida meio que seguiu sem isso.
Como Jones explica, “A coisa sobre bandas que as pessoas não percebem, especialmente aquelas que duraram muito tempo, é que vocês são uma família. Mas então você está tratando de negócios com a sua família. Você precisa ser profissional, mas você precisa continuar dando boas risadas e você precisa levar a crítica construtiva a outro nível criativo. Tem todas essas coisas que você precisa balancear. Nós meio que levamos 15 anos para aprender isso. Você sabe, tipo ‘Oh, Deus, você não gosta da minha música? Oh, isso significa que você não gosta de mim’”.
“Na verdade, a melhor coisa para nós foi não ter tido a banda e para que todos nós pudéssemos ver o quanto precisávamos dela,” Fletcher adiciona, comovido.
Ironicamente para um compositor que escreveu dez singles número um no Reino Unido e vinte e um singles do top 10, foi o elemento ‘composição’ que Fletcher achou o mais difícil. No ano em que o McFly tocou seus últimos shows, Fletcher escreveu hits para 5 Seconds of Summer, The Vamps, e One Direction. Ele dificilmente perdeu a habilidade de elaborar ganchos das músicas, mas tinha uma pressão adicional com McFly. A banda tornou-se mais do que só quatro colegas de banda, com um complexo time da produção e uma base de fãs inquestionavelmente leal. “É muito mais fácil escrever para outras pessoas porque você não tem que ficar pensando muito, sabe? Na maior parte do tempo, nós estávamos escrevendo com pessoas que somos fãs ou alguém/projeto que nós genuinamente gostávamos, então é como se você soubesse o que você gostaria de ouvir daquela banda,” ele diz, consciente. “Quando é você, você não tem aquela perspectiva, porque nós estamos dentro disso e vivendo isso. É inevitável não pensar demais. Tem sido um grande desafio ao longo dos anos”.

No começo desse ano, a banda assinou seu primeiro contrato desde 2009. Antes do mundo entrar em quarentena, Fletcher, Jones, Judd e Poynter se juntaram para começar a trabalhar no seu primeiro lançamento em dez anos (se você excluir a era McBusted e as vezes que eles se reuniram para fazer o documentário das Lost Songs). Mas, dessa vez, eles levaram as coisas de uma maneira diferente. Antigas idas ao estúdio eram centradas em volta de um riff ou melodia criada pelo Fletcher, mas agora eles estão trabalhando com um processo mais orgânico. “Eu quis ir ao estúdio com nada feito. Eu já tinha feito isso antes e fiquei aterrorizado, mas dessa vez, eu não quis começar a criar músicas sem estar com esses caras. Não ter nada pra mostrar foi meio que libertador porque a cada dia isso vai se construindo. Você chega no estúdio com algumas ideias e aí surgem mais algumas e, então, as ideias que você criou dentro do estúdio começam a influenciar nas próximas. Isso tornou o processo, dessa vez, muito mais fácil e empolgante”
Fletcher está um pouco distraído nesse momento, pois Judd chegou em casa e parece estar pairando na porta da frente ”Você está parado do lado de fora da sua casa, cara?” ele brinca. “Cara” Judd protesta “Minha conexão é uma merda e tem pedreiros na minha casa, então eu não posso entrar porque o barulho está muito alto”. Nós continuamos com o Judd pacientemente segurando o celular no alto da varanda. Em um dos nossos vários momentos durante nosso tempo juntos, eu tentei engajar o quarteto de volta para a questão original. Como foi, não somente complicado, devido ao distanciamento nos últimos meses, mas também em entrar em um ritmo que agora deve funcionar ao lado de, inevitáveis, outros compromissos. Não é exatamente um sentimento incomum para quem está nos seus 30 e poucos anos.
Debaixo da sua marquise de concreto, Judd concorda “O que é mais irritante é que McFLY sempre foi a coisa mais importante na vida, mas quando você tem filhos e coisas assim, isso tudo fica tipo ’isso é um pouco mais importante’. E também tem outras coisas de trabalho, mas estamos em um bom momento agora porque estamos de volta e isso não vai mais mudar”. Mesmo que eles tivessem se perdido no caminho para chegar até aqui, McFLY sempre soube onde encontrar um ao outro. É um tópico que eles abraçaram em uma música do novo álbum, “Growing Up”, que conta com uma participação especial de um homem que sabe uma coisa ou outra sobre colocar piadas em um álbum de rock adulto: Mark Hoppus. A música segue os passos do álbum autointitulado do Blink-182 adicionando alguns samples eletrônicos. Como eles mesmos admitem no refrão da música “There’s not much we can do about growing old / But there’s plenty we can do about growing up” (tradução livre: Não há muito o que podemos fazer sobre envelhecer / Mas tem muito o que podemos fazer para crescer).
Apesar do nome, “Young, Dumb Thrills” é o resultado de como as coisas que mudaram ao redor do McFLY, ditam o que esse próximo capitulo será e, particularmente, a cena musical. Anos luz de distância dos tempos em que você distribuía seus CDs em vitrines ou encontrava certos elementos de uma certa perspectiva para te mandar ao topo das paradas. “Houve um tempo em que sua única opção era meio que se conformar em ter qualquer tipo de sucesso. Você tinha que tentar fazer as rádios tocarem suas músicas, ou então, você nunca teria um single” Fletcher concorda. Eles já brincaram bastante no single “One For The Radio” tirando sarro dos pessimistas: “Don’t pretend you hate us and then sing along”.
Graças a artistas que mudam o seu formato, como The Weeknd e Post Malone, há uma fácil fluidez de gêneros que não existiam antes da banda se dar um certo senso de libertação, como Poynter explica: “Gêneros são, definitivamente, algo de menor importância. Quando nós estávamos crescendo, até mesmo com o rock, existiam vários subgêneros. E se você faz parte de uma tribo, então você não podia se juntar com outra tribo. Agora, isso não parece ser algo que acontece mais. Não existem limites reais ou algo do tipo e é muito mais divertido estar em uma banda assim”. Jones divide seu ponto de vista: “Você vê todos esses artistas incríveis que cresceram em tudo. Eles são híbridos. É assim que a indústria é, agora somos como um carro híbrido”.

McFLY tem, certamente, flexibilizado suas capacidades híbridas no novo álbum. Inacreditavelmente chiclete, o primeiro single “Happiness” possui um som tranquilo como de George Ezra e demonstra uma habilidade inerente para escrever hits amigáveis da BBC Radio 2. “Head Up”* apresenta um riff carnavalesco inspirado pelos enormes seguidores da banda na América do Sul, com um sample de samba fazendo uma aparição. É justo dizer que as referências musicais são vastas, mas as letras continuam enraizadas na gratidão. Essas não são músicas sobre amor tradicionais, como conhecemos, são odes de um para o outro, como quando cantam no refrão de “Tonight Is The Night”: “Might have wasted the tears but I won’t waste the years”(tradução livre: “Talvez eu tenha desperdiçado as lágrimas, mas não vou desperdiçar os anos”).
Essa perspectiva carpe-diem também tem influenciado o processo de gravação do álbum. Diferente de suas discografias anteriores, que deixou a banda se contentando com um som que eles não estavam, necessariamente, confortáveis com, Young, Dumb Thrills enfrenta essas sensações de cara. “O Above The Noise meio que nos desanimou”, Judd se recorda. “Nós experimentamos algo novo e não estávamos, particularmente, felizes com o tipo de som que nos tornamos como banda. A forma como abordamos o álbum funciona para alguns integrantes da banda, mas para outros não. Muitas vezes houve um pouco de atrito em relação ao caminho que queríamos tomar. Com este álbum, dessa vez, ninguém queria isso de novo. Houve uma abertura real para esse processo sem ter que se comprometer. Algumas das nossas músicas, depois do Radio:Active, talvez parecessem um tanto quanto comprometidas”.
Para entregar um som que a banda se sentisse feliz, eles procuraram por Guy Massey que também esteve por trás dos catálogos de Richard Hawley, Spiritualized e Ed Sheeran. No início do processo de gravação, Massey já parecia entender as frustrações passadas pela banda sobre criar um som que não fazia sentido propriamente a eles, como Jones explica: “Às vezes quando [uma música] vai para mixagem, pode voltar para nós perdendo um pouco da essência, mas Guy capturou a essência e a energia real de tudo. Ele não exagera nas mixagens só porque estamos na música pop, porém somos uma banda. A mistura é orgânica e permite que a música respire um pouco ao invés de ter um monte de coisa junto”.
Enquanto o resto do mundo paralisou, 2020 foi o ano que as coisas começaram a se movimentar para o McFLY. O ano em que eles encontraram o seu caminho novamente, dando passos juntos, em um novo desconhecido. Sem depender de antigos rituais de gravações, agora são os quatro de volta entre quatro paredes como nos tempos antigos de Fletcher e Jones lutando com sistema de aquecimento ruim no Intercontinental. “Você tem que continuar seguindo em frente, porém fazendo isso de um jeito, mas mantendo o que há de especial no McFLY desde o começo. Acho que sofremos um pouco com isso e eu acho que nesse álbum nós conseguimos – bom, nós achamos que – conquistar isso”.
Claro que ainda existe a tradição “YMCA”, o que leva nossa conversa de volta ao infame show na Arena O2 ano passado. Aparentemente, superstições à parte, realmente não haviam motivos para ficarem pra baixo, porque tudo voltou ao seu devido lugar. “Em cinco minutos, foi como se estivéssemos no meio de uma turnê e nada tivesse acontecido. Foi algo do tipo ‘Pra onde foi todo esse tempo?’. Você pode, meio que, colocar uma pressão em você mesmo ou se preocupar com o fato de que não fazíamos isso há muito tempo, mas, em questão de segundos, nós sentimos como se isso fosse algo que nascemos para fazer. Nós fomos feitos para estarmos juntos no palco”. E os fãs, aparentemente, felizmente resistiram à tempestade.
“Sabe qual foi um momento muito legal na Arena O2 em Novembro?”, Judd pergunta. “Tom e Danny estavam tocando uma sessão em acústico e nós decidimos tocar “Guy Who Turned Her Down” que, na verdade, foi uma B-side no nosso primeiro álbum. Só de poder tocar uma música B-side do nosso primeiro álbum, dezessete anos depois, e todo mundo ainda estar cantando a letra toda, isso é uma boa métrica de como nossa base de fãs é dedicada e devota”. “Corta para duas horas antes e eu ainda tentando aprender”, Jones brinca, com uma boa gargalhada.
“Foi um p* milagre o Danny ter arrasado na sessão acústica porque ele errou a ordem das músicas, a letra das músicas e as mudanças de acordes. A única vez que ele conseguiu fazer certo foi na noite do show”, Judd admite. Eu confirmei com Poynter que – apesar de sua presença de palco sensacional – é, provavelmente, o mais quieto do grupo durante nossa ligação. O que ele acha que marcou o sucesso da banda com o passar dos anos? Sua resposta é algo mais voltado para o interior: “Fazer o nosso último álbum e voltar para casa tendo escrito somente uma parte do refrão e eu não conseguir dormir à noite por estar tão empolgado com nossas ideias. Não existe sentimento pior do que ir ao estúdio e nada acontecer, mas dessa vez foi diferente. Esse é definitivamente nosso melhor álbum em 10 anos”.
“Nós devíamos colocar isso na capa!” Fletcher ri, enquanto a banda começa a fazer piadas um com o outro. E com isso, meu tempo se encerra na nossa sala de reunião virtual no Zoom. Eu me despeço e deixo os quatro ali, brincando um com o outro como se eles nunca tivessem se separado.
Young, Dumb Thrills sairá no dia 13 de novembro via BMG.